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Mostrando postagens de junho, 2010

Cristo Redentor é uma das sete novas maravilhas do mundo

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A estátua do Cristo Redentor possui cerca de 38 metros de altura e fica no topo do morro do Corcovado, no Rio de Janeiro, que está a 740 metros acima do nível do mar. O projeto, feito de pedra-sabão e considerado patrimônio histórico desde 1937, é do engenheiro Heitor Silva Costa, com colaboração do escultor francês de origem polonesa Paul Landowski. O desenho final é do artista plástico Carlos Oswald. Uma iluminação especial, em verde e amarelo, marcará o fim da obra no Cristo Redentor na noite desta quarta-feira, às 21h50m. O efeito poderá ser visto durante sete noites seguidas. Para comemorar a conclusão dos reparos, o arcebispo do Rio abençoou o monumento na manhã desta quarta-feira. http://oglobo.globo.com/fotos/2010/06/30/30_MHG_cristo-redentor.jpg   Conheça um pouco de sua história: Séc. XVI:  Os portugueses dão ao morro o nome de Pináculo (ou Pico) da Tentação, em alusão a um monte bíblico. Séc. XVII: O morro é rebatizado como Corcovado, nome derivado de sua form

Quem copia também cria

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Reproduções de telas francesas feitas por Victor Meirelles revelam a trajetória de um dos principais nomes da arte brasileira Fernando C. Boppré Grandes artistas normalmente lembram grandes obras. Não é diferente com o pintor brasileiro Victor Meirelles (1832-1903), que é facilmente associado à sua tela “A primeira missa no Brasil.” Mas, neste caso, é possível trilhar um caminho bem menos óbvio. No andar superior do Museu Victor Meirelles, em Florianópolis (SC), encontram-se, lado a lado, duas pequenas telas que são cópias de pinturas francesas feitas por Meirelles: “O naufrágio da Medusa” e “As mulheres suliotas”. Primeira Missa De modo geral, cópias são entendidas como exercícios menores em relação aos quadros ditos “originais”. Na obra de Meirelles, a atenção se volta quase exclusivamente para as grandes telas a óleo com referências à História do Brasil, como “Combate Naval do Riachuelo” (1872) ou “Batalha dos Guararapes” (1879), deixando de lado os quadros e desenhos de meno

Pesquisador britânico diz ter desvendado o 'Código de Platão'

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As obras do filósofo grego Platão foram analisadas e debatidas por mais de dois mil anos pelas maiores mentes da história. Mas, segundo um respeitado professor de história da ciência da Universidade de Manchester, o Dr. Jay Kennedy, elas ainda guardam algumas surpresas. Em uma descoberta surpreendente, o Dr. Kennedy afirma ter encontrado uma série de mensagens secretas escondidas em alguns dos mais influentes e celebrados escritos do mundo antigo. As informações são do Daily Mail .

Sacralidade das águas

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Desde o princípio do povoamento do Brasil esteve presente a visão cristã da sacralidade das águas e dos homens. A música da língua portuguesa ganhou diversas orquestrações em Angola, no Cabo Verde, no Timor, em Macau... e especialmente no Brasil.                                                   Kalandula - Angola Aqui, no mar da língua portuguesa, águas de origem árabe, latina, africana e indígena fluíram como correntezas. Poucas línguas possuem a riqueza hídrica do português.   Rio Amazonas As palavras encontraram-se, estranharam-se, entranharam-se e acumularam-se numa imensa diversidade de expressões aquáticas: lagos, impueiras, olhos-d'água, sacados, marumbis, pueras, tipiscas, caudais, correntes, flumes, grunados, torrentes, uádis, valões, córregos, dalas, estreitos, cabeceiras, chafarizes, lagoas, lagões, lagunas, ipueras, mães-d'água, manadeiras, arroios, inongabas, pauis, ribeiros, sangas, angusturas, olheiros, igarapés, apertados, bocas, fontes, boca

Rios brasileiros

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Os nomes indígenas qualificam perfeitamente os rios brasileiros. Ipanema significa água ruim, rio sem peixes, além de evocar a praia famosa da garota e da música. Está presente misteriosamente em Paranapanema, rio de água ruim, sem peixes, apesar de suas boas águas piscosas. Iperuíbe ou Peruíbe evoca o rio do tubarão ( iperu , tubarão, ig , água). Iporanga é nome de município e significa rio bonito. E é mesmo. Ipiúna, água preta, rio preto; ipiranga, rio vermelho; juqueri, rio salgado, salobro; paranapuitã, rio pardo; paraopeba, rio de água rasa; catuí, rio de água boa; ijuí, rio das espumas; itinga, rio branco e, ironicamente, a localidade de Utinga, no ABC paulista, de tão poluídas águas.                                                     Rio Paranapanema                                                     Rio Ipiranga Quem foi beber água no Itororó e não achou, como na cantiga infantil, deve consolar-se com a bela morena pois a urbanização paulistana soterrou o riacho

Água na natureza, na vida e no coração dos homens

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Em tupi, o substantivo água é diminuto, apesar de sua abundância na terra brasilis. Água resume-se a uma letra: i (ig). A expressão água verdadeira, água de fato, é ieté. Água doce é icem. Água boa é icatu. Água benta ou água santa é icaraí, palavra muito pronunciada por ibarés 4 jesuítas. Hoje designa bairros e localidades, sobretudo no Estado do Rio de Janeiro. E icanga ou iacanga designa a nascente, a cabeceira ou o início de um rio. O termo entra na composição de muitos topônimos brasileiros. O limo dos rios é chamado carinhosamente de cabelo d’água: igaba 5 . Igara designa a canoa e dela derivam muitos nomes, de muitas cidades e logradouros, como Igaraçú, bela e antiga vila pernambucana, sinônimo de canoa grande. Ou ainda, Igarapava: ancoradouro de canoas, bem como Igaratá, canoa forte ou resistente (palavra aplicada aos navios), igarari, rio das canoas, e outras tantas. Iguá é outro tesouro da língua indígena. Evoca a bacia fluvial, a enseada ( i , água, guá , ensea

Destino impresso na cor da pele

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Escravidão, que perdurou por quatro séculos, trouxe do continente africano para o Brasil uma gama enorme de etnias e cultura. Marina de Mello e Souza O tráfico de escravos, que perdurou por cerca de quatro séculos, unindo a Europa, a África e as Américas num imenso circuito comercial, ao mesmo tempo que plantou as condições para que o continente africano fosse reduzido a migalhas após o período do colonialismo europeu, permitiu a disseminação de elementos culturais que fertilizaram algumas culturas gestadas nas Américas. O Brasil, o Caribe e os Estados Unidos são as regiões que receberam com maior intensidade a influência dos povos africanos que habitavam as chamadas costa da Guiné e costa do Congo e Angola. Nessas regiões, com as quais os comerciantes portugueses, espanhóis, ingleses, franceses, holandeses, americanos e brasileiros comerciavam com os chefes locais - trocando tecidos, armas, bebidas e utensílios diversos, por marfim e principalmente escravos -, habitavam povos vari

Bandeiras do Brasil

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Após a Proclamação da República em 1889, surgiu a necessidade de criação de uma nova bandeira. Criada pelo advogado Ruy Barbosa, a bandeira provisória era bastante semelhante à bandeira estadunidense, fato que fez com que o marechal Deodoro da Fonseca vetasse o desenho. Adotada pelo decreto de lei nº 4 de 19 de Novembro de 1889, a bandeira atual consiste em uma adaptação da antiga bandeira do império idealizada em 1820 por Jean-Baptiste Debret. O disco azul central foi idealizado pelo pintor Décio Vilares, já as estrelas, por Benjamin Constant. A inscrição “Ordem e Progresso” é fruto da influência do positivismo de Augusto Comte. Até hoje, a bandeira brasileira permanece inalterada, com exceção das estrelas, que segundo a Lei nº 8.421, de 11 de maio de 1992, devem ser atualizadas no caso de criação ou extinção de algum Estado. Em seu sentido original, as cores verde e amarela simbolizavam respectivamente, as oliveiras em torno da casa real de Bragança e a casa impe

Revisitando o calundu

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Laura de Mello e Souza Universidade de São Paulo “Ó seu Bicho-Cabaça! Viu uma Velhinha passar por aí?... - Não vi velha, nem velhinha... Corre, corre, cabacinha... Não vi velha, nem velhinha! Corre! Corre! Cabacinha...” (De uma história) – Epígrafe a “A volta do filho pródigo”, Sagarana. João Guimarães Rosa I . Uma longa história Nos primeiros dias de 1984, quando comecei a etapa portuguesa da pesquisa arquivística para minha tese de doutorado, entrei no Arquivo Nacional da Torre do Tombo com várias indicações de processos inquisitoriais fornecidas por Anita Novinsky, com quem eu fizera na época da graduação um curso memorável sobre os "estrangeirados" portugueses e que reencontrara na pós-graduação em outro curso ao qual devo muito. Entre as "cotas" fornecidas por Dona Anita, havia uma que marcaria meu trabalho de forma especial: ANTT, Inquisição de Lisboa, Processo no. 252, mo. 26, referente a Luzia Pinta.

Futebol 'mestiço' - história de sucessos e contradições

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O futebol chegou ao Brasil no final do século 19, trazido de colégios europeus por jovens da elite local. Paradoxalmente, porém, foi a entrada no esporte das classes populares, em especial negros e mestiços, que marcou a passagem do amadorismo para o profissionalismo e também o estilo brasileiro de jogar -- o chamado ’futebol-arte’. Após as derrotas nas Copas do Mundo de 1950 e 1954, o uso de teorias racistas anteriores serviram para criticar esse futebol ’mestiço’, atribuindo aos jogadores negros e mulatos um suposto desequilíbrio emocional para os jogos decisivos. O Rei Pelé , 1997 - acrílico sobre tela - por Rubens Gerchman (reprodução - CH 39) A inversão desses estigmas veio em 1958, quando o Brasil conquistou sua primeira Copa, e as vitórias

Este mundo da injustiça globalizada

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Texto lido na cerimônia de encerramento do Fórum Social Mundial 2002 Saramago Começarei por vos contar em brevíssimas palavras um facto notável da vida camponesa ocorrido numa aldeia dos arredores de Florença há mais de quatrocentos anos. Permito-me pedir toda a vossa atenção para este importante acontecimento histórico porque, ao contrário do que é corrente, a lição moral extraível do episódio não terá de esperar o fim do relato, saltar-vos-á ao rosto não tarda. Estavam os habitantes nas suas casas ou a trabalhar nos cultivos, entregue cada um aos seus afazeres e cuidados, quando de súbito se ouviu soar o sino da igreja. Naqueles piedosos tempos (estamos a falar de algo sucedido no século XVI) os sinos tocavam várias vezes ao longo do dia, e por esse lado não deveria haver motivo de estranheza, porém aquele sino dobrava melancolicamente a finados, e isso, sim, era surpreendente, uma vez que não constava que alguém da aldeia se encontrasse em vias de passamento. Saíram portanto as mu