13 de junho - dia de Santo Antônio

CINCO MINUTOS DIANTE DE SANTO ANTÔNIO

Há quanto tempo te esperava, ó alma devota, pois bem conheço as graças de que necessitas e que queres que eu peça ao Senhor.

Estou disposto a fazer tudo por ti; mas, filho, dize-me uma a uma todas as tuas necessidades, pois desejo ser o intermediário entre tua alma e Deus com o fim de suavizar teus males. Sinto a aflição de teu coração e quero unir-me às tuas amarguras.

Desejas o meu auxílio no teu negócio..., queres a minha proteção para restituir a paz na tua família..., tens desejo de conseguir algum emprego..., queres ajudar alguns pobres..., alguma pessoa necessitada..., desejas que cesse alguma tribulação..., queres a tua saúde ou a de alguém a quem muito estimas? Coragem, que tudo obterás.

Agradam-me, também, as almas sinceras que tomam sobre si as dores alheias, como se fossem próprias. Mas, eu bem vejo como desejas aquela graça que há tanto tempo me pedes.
Tem fé que não tardará a hora em que hás de obtê-la.

Uma coisa, porem, desejo de ti. Quero que sejas mais assíduo ao Santíssimo Sacramento; mais devoto para com a nossa Mãe, Maria Santíssima; quero que propagues a minha devoção e ajudes meus pobres. Oh! Quanto isso me agrada ao coração! Não sei negar nenhuma graça àqueles que socorrem os outros por meu amor, e bem sabes quantos favores são obtidos por esse meio.

Quantos, com viva fé, têm recorrido a mim com o pão dos pobres na mão e são atendidos!

Invocam-me para ter êxito feliz em um negócio, para achar um objeto perdido, para obter a saúde de uma pessoa enferma, para conseguir a conversão de alguém afastado de Deus, e eu, por amor dos meus pobres cuja miséria está a meu cargo, obtenho de Deus tudo o que pedem e ainda muito mais.
Temes que eu não faca outro tanto por ti? Não penses nisso porque prezo muito as prerrogativas concedidas por Deus de ser – o santo dos milagres.

Muitos outros, como tu, têm precisado de mim e temem pedir-me, pensando que me importunam.
Leio tudo no fundo do coração e a tudo darei remédio; hei de obter as graças; não temas.

Agora, volta às tuas ocupações e não te esqueças do que te recomendei; vem sempre procurar-me, porque eu te espero; tuas visitas me hão de ser sempre agradáveis, porque amigo afeiçoado como eu não acharás.

Deixo-te no coração sagrado de Jesus e, também, no de Maria e no de São José.

Reze em seguida: 1 Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.



Tanto na religiosidade popular de origem portuguesa e vivida pelos pobres no Brasil, como nos cultos afro-brasileiros, encontramos um Santo Antônio que corresponde às necessidades atuais do povo mas que nem sempre coincide com o santo da história.
        Em plena era de secularização, encontramos um santo presente na vida do pobre. Ele realiza milagres e castigos, abre caminhos, defende o povo contra os inimigos e tem a ver com justiça. Ele lida com o burro bravo e as vacas, e cuida da felicidade no casamento. Acha objetos perdidos e leva cartas a seu destino. Parece que a presença do santo na vida do branco português e a presença dos orixás e mesmo dos antepassados na vida do negro não são tão diferentes assim. Enquanto na igreja oficial a presença de Deus e do santo está em crise(nós mais falamos sobre Deus), o pobre fala com Deus e a linguagem dos cantos e das rezas é de encontrar, descer, baixar, vir com força.
        A identificação de Santo Antônio com diversos orixás dos cultos afro-brasileiros nos desafia a refletir sobre assuntos como sincretismo e inculturação. O negro há de ser cristão sem deixar de ser negro. E nem Roma, nem tampouco o branco pode criar esta maneira própria de viver a religião. As comunidades negras são os protagonistas legítimos da busca desta nova fé cristã, a partir da experiência religiosa atual do negro e dos seus antepassados.
        As maneiras diferentes de celebrar e pensar entre pobres e ricos, entre brancos e negros nos obrigam a imaginar a vivência da união na diversidade do povo de Deus;
http://www.religiosidadepopular.uaivip.com.br/antonio.htm#CONCLUS%C3%83O:

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