COPA 2010 Admirável mundo novo




 

Aos 80 anos, a Copa finalmente finca sua bandeira no continente africano


 

Marcada pelo apartheid – regime de segregação racial que separou por 42 anos negros de brancos –, a África do Sul se unirá no Estádio Soccer City, e nas ruas de suas cidades, para celebrar oficialmente, sem preconceito de cor ou etnia, o início da Copa do Mundo.

O dia 11 de junho é histórico para a grande família Fifa, mas principalmente para um senhor de 91 anos, que ainda não confirmou presença na celebração. Nesta data, em 1963, Nelson Rolihlahla Mandela foi condenado por crime de sabotagem na corte de Rivonia e levado à prisão em Robben Island, onde passou 18 anos. Lá, jogou futebol no Makana FA com os outros presidiários, criou uma Liga, mas perdeu o direito de assistir a seis Copas do Mundo, de 1966 a 1986. Só foi solto às vésperas do Mundial da Itália, em 1990.

Livre, o ex-presidente da África do Sul poderá ver debaixo dos seus olhos, no próprio país, a beleza da agora anciã Copa do Mundo. O torneio, que começou timidamente, em 1930, com 13 países, deixou, em 2010, 173 países fora da festa.

Depois de 845 jogos e 2.315 gols, a Copa inaugura a edição 19 com África do Sul x México e depois França x Uruguai, os primeiros candidatos a embolsar uma premiação recorde na história do torneio. Dona Copa abriu a bolsa e sacou um cheque de US$ 420 milhões para ser dividido entre as 32 seleções. Valor recorde em 80 anos.

In: ESTADO DE MINAS. 11 de junho de 2010, p. 7.






 


 




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