Sacralidade das águas

Desde o princípio do povoamento do Brasil esteve presente a visão cristã da sacralidade das águas e dos homens. A música da língua portuguesa ganhou diversas orquestrações em Angola, no Cabo Verde, no Timor, em Macau... e especialmente no Brasil. 

                                                 Kalandula - Angola

Aqui, no mar da língua portuguesa, águas de origem árabe, latina, africana e indígena fluíram como correntezas. Poucas línguas possuem a riqueza hídrica do português.



Rio Amazonas

As palavras encontraram-se, estranharam-se, entranharam-se e acumularam-se numa imensa diversidade de expressões aquáticas: lagos, impueiras, olhos-d'água, sacados, marumbis, pueras, tipiscas, caudais, correntes, flumes, grunados, torrentes, uádis, valões, córregos, dalas, estreitos, cabeceiras, chafarizes, lagoas, lagões, lagunas, ipueras, mães-d'água, manadeiras, arroios, inongabas, pauis, ribeiros, sangas, angusturas, olheiros, igarapés, apertados, bocas, fontes, bocainas, pântanos, açudes, barreiros, mares, poças, cacimbas, lodaçais, iaquãs, boqueirões, bósforos, regos, brechas, piracemas, represas, canhões, escaturigens, lacrimais, colatas, igapós, colos, sumidouros, nascentes, forcas, gargantas, orretas, passos, acéquias, bicas, brotas, mananciais, minas, minadores, minadouros, nasceiros, olhos, remansos, repuxos, têmporas, barragens, portas, ipueiras, portelas, quebradas, canais, paludes, marnéis, talvegues, levadas, regatos, manadeiros, corixos, riachos, ribeiras, trombas, ribeiradas, brejos, ribeirões, veias, veios, lagamares e xabocos.

MIRANDA, E. E. de. Água na natureza, na vida e no coração dos homens. Campinas, 2004. Disponível em:

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