Finalistas da Copa e herdeiros de forte e rica herança cultural, holandeses e espanhóis foram rivais na disputa por um império colonial, simultaneamente ao apogeu criativo
Marcello Castilho Avellar
Robert Gossihamstra/Rijksmuseum Amsterdã/divulgação
Autorretrato de Rembrandt: uma das expressões máximas da revolução do jogo entre luz e sombras
Espanha e Países Baixos (o nome oficial do país, Holanda, é apenas uma de suas províncias mais tradicionais) se confrontam no futebol, mas são parceiros na União Europeia. Nem sempre foram amigos, e sua rivalidade ajudou a moldar a cultura moderna. Os atuais Países Baixos foram, durante séculos, parte do Sacro Império Romano Germânico. Quando este passou a ser controlado pela ala espanhola da dinastia dos Habsburgos, os povos que ocupavam as terras baixas ao sul do Mar do Norte, que tinham em comum línguas e dialetos próximos do holandês, começaram a se unir e se revoltaram contra a ocupação ibérica.
A independência foi proclamada em 1581 e alcançou reconhecimento internacional depois da Guerra dos 80 Anos (1568-1648). Logo depois de se libertar, os holandeses se tornaram o mais poderoso rival dos espanhóis na disputa por um império colonial. E até o Brasil entrou nessa história. Como Portugal esteve ligado à Espanha, entre 1580 e 1640, os Países Baixos atacaram o império ultramarino português, tomaram diversas colônias e fincaram pé em nosso país.
A disputa é contemporânea do período de maior pujança tanto das artes espanholas quanto holandesas, com apoio dos príncipes holandeses e dos reis espanhóis, em um dos primeiros casos de guerra cultural registrados na história: cada lado pretendia mostrar ao outro, por meio da arte, a grandiosidade que o inimigo teria de enfrentar.
Ironicamente, os dois rivais construíram trajetórias paralelas na maneira de enxergar a arte naquele período. Seus criadores assimilaram rapidamente as lições dos renascentistas italianos e acrescentaram àquelas técnicas traços próprios de suas culturas. Nos Países Baixos, por exemplo, o grande envolvimento na pesquisa de campos científicos como a óptica levou pintores do porte de Rembrandt (1606-1669) e Vermeer (1632-1675) a revolucionarem o jogo entre luz e sombras. Na Espanha, criadores do porte de El Greco (1541-1614) e Velazquez (1599-1660) abrem caminho para o barroco exatamente pela incorporação da dramaticidade da cultura espanhola às conquistas italianas.
Mesmo depois da decadência dos dois países na corrida colonial, eles continuaram contribuindo com a renovação das artes visuais: a possibilidade de uma pintura que não fingisse reproduzir a realidade exterior, mas, por meio da distorção da forma, cor ou textura, fosse capaz de representar estados interiores, é uma das tônicas na criação, por exemplo, tanto do holandês Vincent van Gogh (1853-1890) quanto dos espanhóis Francisco Goya (1746-1828) e Pablo Picasso (1881-1973).
Museu do Prado/Divulgação
Frei Hortêncio Felix Paravicino, de El Greco: um dos precursores do movimento barroco na Espanha
OUTROS CAMPOS Também a literatura floresceu quase simultaneamente nos dois países e foi influenciada pelos traços culturais locais. Por mais que os Países Baixos tenham produzido ficção, sua maior contribuição para as letras foi no campo da filosofia: eram a pátria de pensadores como Erasmo de Roterdã (1466-1536) e Baruch Spinoza (1632-1677) e sua liberdade garantiu a estrangeiros como René Descartes (1596-1650) a possibilidade de construir teorias que fugiam da tradição. Em compensação, boa parte das raízes do romance e do teatro modernos podem ser encontradas na Espanha, do Don Quixote, de Miguel de Cervantes (1547-1616), à peça Fuenteovejuna, de Lope de Vega (1547-1616).
Aquelas singularidades da “idade de ouro” da arte nos países repercutem ainda hoje. O maior cineasta holandês, o documentarista Joris Ivens (1898-1989), por exemplo, é legítimo herdeiro da obsessão pelo método que encontramos na obra dos pensadores mencionados acima. Em compensação, não é difícil encontrar na criação de cineastas espanhóis como Luis Buñuel (1900-1983) e Carlos Saura, ainda vivo, aquela vocação para distorcer as aparências que os transformou em verdadeiros mestres na arte de mostrar traços pouco evidentes da condição social ou existencial do ser humano.
Tradição fetichista, as bolsas de mandinga ofereciam proteção contra males do corpo e do espírito e se popularizaram na Colônia Bahia de todos os Santos, ano de 1752. “E tomando pão, e havendo dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim.” (Lucas 22:19) Após a comunhão, o ex-escravo José Martins soube o momento certo de retirar discretamente da boca a hóstia que acabara de receber. Delatado aos inquisidores, ele confessou que, ao sair da cerimônia, abriu uma pequena bolsa repleta de mandingas que levava consigo e lá dentro pôs o corpo de Cristo. Acreditava que assim seu corpo estaria fechado. Símbolo do intercâmbio cultural entre a Igreja das irmandades e os calundus, as bolsas de mandinga refletiam a diversidade de idéias e práticas da “medicina mágica”, muito popular na América portuguesa do século XVIII. Em um mundo fortemente marcado pelo medo do Diabo difundido pela Igreja, pela baixa condição social de seus ha
Chacras são centros de energia por onde fluem todas as formas de vibração com as quais o ser humano tem contato. Podemos dizer que o nosso bem estar físico e espiritual depende dos chacras, pois eles regulam nossas energias. ROTEIRO PARA ALINHAMENTO DOS CHACRAS COM O PAI NOSSO Posição deitada, cabeça voltada para o norte, roupas folgadas, sem elásticos, pés descalços, sem nenhum adorno ou óculos. FRASE INICIAL: Neste instante, com a graça de Deus e com a luz do meu Mestre Jesus Cristo, eu dou início à cura da minha (sua) alma de do meu (seu) corpo. PAUSA Reze o pai nosso completo PAUSA Una as palmas das mãos e esfregue uma na outra até aquecer. PAUSA Coloque a mão que usa para escrever voltada para o topo da cabeça (sétimo chacra), mas sem tocá-la. A outra mão em repouso ao lado do corpo. Faça três respirações profundas. PAUSA Diga em voz alta: Pai Nosso que estais nos céus, santificado seja o Vosso nome! PAUSA Coloque a sua mão sobre a pélvis, primeiro chacra, (
Mais uma história de Bandeirantes!!! Ontem aprendi um pouco da História de Fonseca - Distrito de Alvinópolis - MG. Em 1660 Fernão Dias Paes e seu genro Borba Gato à procura de ouro e pedras preciosas, construíram um acampamento de aproximadamente 20 pessoas. À distância desse acampamento existia a MATA ESCURA com três fontes; no decorrer dos tempos uma secou. Os moradores primevos começaram a chamá-la de FONTE SECA. Posteriormente, em 1810, construíram uma ponte sobre o rio, e deram o nome de ARRAIAL DA PONTE SECA. O mais emocionante é escutar esta história na voz do Sr. José Alves Patrício. Apreciem: Os primeiros moradores foram Ana Victória da Anunciação, seu esposo José Vieira dos Anjos e a filha Maria Thereza de Jesus; também viveu naquela área Miguel do Campo Lázaro; Luís e Mãe Catirina (escravos de João Mariano Cotta em 1790). Em 1882 foi criado o 1º Cartório do Escrivão Inácio Fraga. Com a emancipação e a criação de Alvinópolis em 1892, passou a ser distrito. Hoje, segu
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