Ela ou ele?

Cerca de 136 milhões de eleitores voltam às urnas hoje para escolher o 36º presidente da história da República brasileira. Pela primeira vez na disputa do cargo, uma mulher, Dilma Rousseff (PT), tem grandes chances de ser eleita para o cargo mais importante do país. Do outro lado, José Serra (PSDB) tenta interromper a estada dos petistas no Palácio do Planalto e retomar para os tucanos o comando do Brasil. Não será uma tarefa fácil. As últimas pesquisas divulgadas na noite de ontem mostram Dilma na dianteira. Pelo Ibope, considerando os votos válidos, ela tem 56% da preferência do eleitorado, contra 44% de Serra. O Datafolha mostra Dilma com 55% dos válidos e Serra com 45%.

Nos 120 anos de República no Brasil, Minas Gerais é o estado de nascimento do maior número de presidentes até o momento: Afonso Pena, Wenceslau Brás, Delfim Moreira, Artur Bernardes, Carlos Luz, Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves e Itamar Franco.

Os gaúchos, no entanto, governaram o país por mais tempo: Hermes da Fonseca, Getúlio Vargas, João Goulart, Costa e Silva, Emílio Garrastazu Médici e Ernesto Geisel. A dianteira do Rio Grande do Sul se deve, sobretudo, aos 18 anos do governo Getúlio Vargas, o mais longo da história do Brasil, encerrado com o suicídio, em agosto de 1954. Já o mineiro Carlos Luz foi o que governou por menos tempo: apenas quatro dias.
Presidente da Câmara dos Deputados, ele assumiu durante o afastamento, por motivo de doença, de Café Filho – vice-presidente empossado na Presidência com a morte do titular, Getúlio Vargas. Ele foi deposto do cargo que assumiu em 8 de novembro de 1955 pelo Movimento 11 de Novembro, liderado pelo general Henrique Lott.

Quem for eleito hoje terá direito a permanecer no cargo por quatro anos – podendo tentar a reeleição em 2014. Mas antecessores já ficaram por mais tempo graças a regras impostas pelas constituições anteriores, que fixaram mandatos de quatro, cinco e até seis anos. Exerceram mandatos de cinco anos Eurico Gaspar Dutra, Juscelino Kubitschek, Ernesto Geisel e José Sarney – que assumiu o cargo com a morte de Tancredo Neves. Ficou seis anos no poder João Batista Figueiredo, último presidente da ditadura militar.

Dos 35 presidentes que o país teve desde a Proclamação da República – 35 porque estão excluídas nessa contagem as duas juntas militares que governaram o país em 1930 e 1969 –, três não chegaram a assumir o cargo. Dois por doenças que os levaram à morte: Rodrigues Alves, vítima de gripe espanhola, e Tancredo Neves, acometido por diverticulite, uma inflamação no intestino. Já Júlio Prestes foi impedido de chegar ao poder pela Revolução de 30. Morreram no cargo três presidentes: Afonso Pena, Getúlio Vargas e Costa e Silva.

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