Especial - Amor

Química do amor

Os sintomas da paixão e do amor romântico são consequentes de diversas alterações cerebrais. Essas modificações são motivadas por substâncias como a dopamina, neurotransmissor que atua como estimulante natural gerando sensações de prazer e felicidade, e a norepinefrina ou noradrenalina, que, de forma análoga à adrenalina, provoca excitação e aceleração dos batimentos cardíacos.
Somadas, as ações da dopamina e da norepinefrina no organismo fazem com que o indivíduo perca o sono e o apetite e sinta energia intensa. Já o contato físico, principalmente a relação sexual, elimina endorfinas, que produzem a sensação de bem estar, além do sentimento de segurança e tranqüilidade. Outra alteração química que ocorre em indivíduos apaixonados é a diminuição da serotonina, composto que permite que os seres humanos percebam e avaliem a realidade e reajam aos estímulos externos. Por esse motivo, é típico dos casais apresentarem foco único, não conseguindo se concentrar em outras atividades.

Leia o artigo A química do amor, publicado na revista Divisão, Ensino e Divulgação Química – Clique aqui.
Leia o texto Amar É, na coluna Por Dentro das Células, do site do Instituto Ciência Hoje –
Clique aqui.
Leia o artigo A química do amor, reproduzido no site Genismo.com  – Clique aqui


Casais da literatura 

A professora de Literatura Portuguesa Nadiá Paulo Ferreira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pesquisa a relação entre amor e literatura há três décadas. Segundo Nádia, existem três conceitos de amor que aparecem com freqüência nas obras literárias. O primeiro foi proposto na Grécia Antiga pelo filósofo Aristófanes, no livro O Banquete, de Platão. Trata-se do conceito da cara metade, conseqüente da incompletude do homem, que dependeria da comunhão com o ser amado para se tornar um. Como essa fusão não é possível, o enredo possuía sempre um obstáculo que impedia a concretização da união romântica. Outra visão comum na literatura é o amor cortês, temática dos poetas do século XII, no qual a figura feminina era inatingível e o sentimento implicava sempre a renúncia e conseqüente sofrimento. A impossibilidade da concretização do relacionamento é retomada no século XIX, com o ideal do amor romântico, no qual há sempre um fator externo que não permite a união do casal. É o caso de Romeu e Julieta, cujas famílias eram inimigas; Tristão e Isolda, no qual um dos amantes era casado; e Peri e Ceci, de José de Alencar, separados por suas diferenças raciais e culturais. Nesses casos, porém, apesar de não ficarem juntos, os amantes mantinham contatos, o que é fundamental para a construção dessas narrativas. Tanto o conceito de alma gêmea, quando os do amor cortês e romântico ainda estão presentes na literatura contemporânea, porém, é possível encontrar também enredos menos conflitantes, nos quais os personagens mantêm relações duradouras e menos sofridas. O elemento fundamental nessas novas histórias é, segundo Nádia, o fim da ilusão de que um indivíduo possa completar e controlar o ser amado. A professora alega ainda que as histórias de amor ficcionais refletem uma das maiores expectativas dos seres humanos: o final feliz.

Leia a publicação O Amor na Literatura e na PsicanáliseClique aqui
Leia o artigo O amor como recusa do dom no Trovadorismo e no Barroco - Clique aqui
Leia o artigo Esses poetas que falam do amor como se fossem mulheres - Clique aqui.
Leia o artigo Tristão e Isolda: uma história de amor e de morte - Clique aqui.
Leia o artigo Da tragédia ao romantismo: Dois olhares sobre o amor de Romeu e Julieta





Rede Globo Universidade - 12/06/2010 Especial Dia dos Namorados

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