Estadual Ponte Nova neste Expresso Cultural





Um dos berços da nação brasileira, a África, teve arrancado de si o melhor de seus frutos. Às vezes, à força, às vezes enganados foram – reis, rainhas e súditos – embarcados em navios portugueses rumo a um porto que, se por um lado lhes prometia um novo Éden, pelo outro lhes reservava o inferno de uma vida cadenciada pela chibata inclemente dos feitores.



Nos porões infectados dos cargueiros, batiam os corações de quem, pelo egoísmo ilimitado do conquistador, deixava de ser gente.


Nações foram dizimadas em nome de uma economia venal. As lembranças da casa distante, não deixaram apagar a chama de vida de homens e mulheres que, se nascidos em terras africanas, mantiam vivas a lembrança de sua liberdade e que, nascidos aqui aprendiam de seus descendentes a cultura milenar de seus povos.


 No Brasil, a discriminação racial não é só ilegítima – é ilegal, crime previsto em nossa CONSTITUIÇÃO.Por isso nos repugna a recrudescência do conflito racial ditado pela intolerância racista, ou a persistência de configurações coloniais onde a renda, saúde, educação, moradia, são conquistas de uma minoria em nosso país. Condenemos qualquer tipo de apartheid, sistema amoral e perverso. Edifiquemos de fato um mundo de respeito aos direitos da pessoa humana.
 Reconhecendo valorizando, divulgando e respeitando a história dos grupos afro-descendentes do município de Ponte Nova, visitemos as Fazendas VAU-AÇU OU USINA SANTA HELENA, CHOPOTÓ, QUEBRA-CANOAS, PONTAL. Fazendas que sustentaram a economia do município de Ponte Nova, através da cana-de-açúcar e café. É momento de sensiblizarmos não só por aqueles que entregaram a sua vida, a sua luta e história, mas de reconhecer que Ponte Nova ainda tem muito a aprender em relação ao seu PATRIMÔNIO, A SUA GENTE E SEU POVO.







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