ODE A PADRE ANTÔNIO RIBEIRO PINTO

Peço licença poetisa
Deixa a fé deste homem falar
Tantos testemunhos a escutar
E tantas graças alcançar.
Neste dia tão sublime,
Ela de longe nos avista
Oh Margarida, os teus versos quero divulgar



Margarida Drumond de Assis
ODE A PADRE ANTÔNIO RIBEIRO PINTO

Imersa em testemunhos tantos
Sobre tua vida santa,Padre Antônio Ribeiro Pinto,Transporto-me a 1947,Época em que, lá, eu quisera estar.
Com Catarina Labouré
Uma santa ganhava
Que se cunhasse a Medalha
Nossa Senhora das Graças lhe pedira
Naquele 1830, a 27 de novembro.
o papa Pio XII a proclamava
e a devoção à Virgem
cresceu indescritivelmente.
Alguém se destacava
Eras tu, Padre Antônio, em Urucânia,
Para onde milhares acorriam
Romeiros de todo o Brasil
Do Distrito Federal – o Rio de Janeiro,
Do Espírito Santo e de Minas Gerais,
Foram estes os primeiros 
Que a ti buscavam pressurosos.
Faz-me ver, andar, ouvir...” , diziam uns;
“Não quero mais beber, quero paz
e sem tormento viver” , clamavam outros tantos 
confiantes na força que vinha de ti.
por intercessão de Nossa Senhora das Graças.
Basta ter fé!” - proclamavas alto 
Ao peregrino e ao que perto de ti morava.
Cada vez mais certa estava 
De que pela tua humilde pessoa
Deus se fazia presente
E prodígios operava.
Que há seis anos paralítica estava;
Impuseste em preces sobre ela
Tuas santas mãos 
E, para espanto de todos,
De pé ela se pôs.
Que há dois anos cego ficara,
Pela tua bênção e intercessão 
À Mãe do Filho de Deus 
A luz dos olhos se lhe voltou.
Gritavam entre lágrimas os romeiros. 
E tu, Padre Antônio, 
Sabiamente explicavas:
“Tome água benta e passe no lugar doente;
reze sempre “Oh Maria Concebida”.”
E, dele - um pau de arara -
Outros doentes chegavam.
Do senhor se aproximou
Mas, na carroceria,
Amarrado ficara algum infeliz 
Que de tua bênção precisava.
“É louco perigoso, Padre Antônio, não posso soltar ele.”
“Solta que estou mandando, 
em nome de Nossa Senhora das Graças!”
De as pessoas, por medo vacilarem.
“Soltem ele, desamarrem!”
Calmo a teus pés se encontrava,
Já recebendo de ti 
Santas bênçãos que curavam.
ele deve se alimentar.”
- dizias forte ao Sô Dico que, em pouco, 
um homem bom trazia.
E voltem por outro caminho 
Seguramente tu dizias 
Convicto do mal que no mundo há.
Forças novas buscar 
Para o já cansado físico 
De tantos anos de lidas paroquiais 
Nas cidades que a ti foram entregues:
Rio Casca, Ipanema,
Santo Antônio do Grama, entre outras.
Jardineiras, jipes, caminhões chegavam;
Eram romeiros buscando um lugar para ficar
De onde poderiam te avistar
Na hora sagrada em que ias abençoar.
Com o Didino, ali, os braços a te apoiar;
“Primeiro a bênção da água
depois os objetos” – anunciavas.
“Agora a bênção aos doentes, 
Peça com fé que a graça virá.”
Mais fervorosa todo dia
Eras Luz, eras Certeza
De que há um Deus a nos amar.
Manda ele vir até aqui.” – disseste certo dia 
Sobre o amigo que, de Carangola, 
Sempre trazia tantos romeiros em seu carro,
Como fazia Geraldo Precata, de Ponte Nova.
Aquele homem, diante de ti se encontrava.
“Pedrosa, você precisa se confessar e comungar.
Sabe rezar o “Ato de Contrição” e o “Pai-Nosso”?
Logo a ele dizias:
“Peça a Donana pra te ensinar
e, depois, volte aqui.”
Assim quantos os que ali se encontravam
Após recebidos os sacramentos
O senhor Pedrosa partiu: calmo e certo 
de que tu tinhas os teus motivos para assim agir.
Que naquele fato se via
Que fazias a predição da morte dele.
Dom de ciência tinhas 
E aquele amigo quis ao céu preparar.
Parte II
Em cada um que a Urucânia
Ou a Rio Casca acorreu
O sinal da gratuidade de Deus
E o valor da fé.
Porque foste firmeza
No exemplo e amor filial a Nossa Senhora das Graças
Levando tantos a rezar contigo
A oração das Filhas da Caridade - Catarina Labouré.
vossa santa e Imaculada Conceição, 
pura e sem mancha. Ó puríssima Virgem Maria, 
por vossa Conceição Imaculada
e gloriosa prerrogativa de Mãe de Deus,
alcançai-me de vosso amado Filho
a humildade, a caridade, a obediência e a castidade
a santa pureza de coração;
de corpo e espírito, a perseverança na prática do bem,
uma santa vida e uma boa morte. Amém.”
quando no Santuário de Nossa Senhora das Graças, em Urucânia, 
vemos fiéis chegando todo o tempo
ou indo aos domingos à Missa dos Romeiros.
Ao perceber que em cada 27 de novembro
O Santuário que tanto querias
É palco de Missas concelebradas
Ser palco de missas concelebradas
Na presença de milhares de fiéis devotos.
Sinalizam que, ainda hoje,
O exemplo que deixaste é seguido
Por todos nós peregrinos.
Aos pés da Virgem da Medalha Milagrosa
O amor filial,
E junto à tua campa, ali bem perto,
Nosso coração, silencioso, clama:
Padre Antônio de Urucânia, a sua bênção.
No Museu que tem o teu nome
Constantemente os romeiros
Que para a Casa dos Milagres levam
Os testemunhos de graças conseguidas
Pela fé em Deus, em Maria e em ti
Erguemos-te, Padre Antônio, em prece, o nosso louvor.
Ao ver os registros de Álvaro Gonçalves
Da Nacional do Rio, em Os milagres da fé
Ele que, de Urucânia, proclamava as bênçãos
De que o Brasil e o mundo já falavam.
Do amor do devoto
Em cada levantar do chapéu
Ou do acenar aos céus a mão direita
Só com o fato de o teu nome pronunciar.
Num jeito bronco, simples que eras:
Filho de Fábia Maria de Jesus que te amava
E por Maria Antônio, a tia, 
Que sabiamente te educava.
A quem eras, desde o Seminário,
Pertencente à Confraria da Virgem da Medalha Milagrosa.
Nascido de Rio Piracicaba,
Cidade que à Igreja do Brasil
Dezenas de sacerdotes deu.
Desde a tua ida para junto do Pai
E vendo a face triste 
Em tantos de nossos irmãos 
Erguemos-te esta ODE
Da qual fazemos nossa prece.
Os prodígios operados na vida de Carlos, Geraldo e Marcílio,
De tantos outros irmãos nossos,
Com tua bênção agraciados;
são comprovação dos inúmeros apelos atendidos;
são também, todos eles, testemunhos de nossa fé;
Em várias ocasiões a a Urucânia,
Oh, Padre Antônio, também apelos são;
E o nosso perseverar, em cada alvorecer,
Oh, Padre Antônio, também são, pela tua intercessão 
Para honra de Deus e de Maria;
Pela saúde e pela paz;
E te pedimos especialmente o alimento da fé
Para nós, para o pobre ou para o rico irmão;
Tu sabes: são nosso agradecimento
Por tudo que foste e por todo o bem que fizeste;
São pedidos pela tua intercessão,
Por isso, em uníssono, o nosso apelo
“Padre Antônio de Urucânia, a sua bênção”*
Por enquanto já fiz o lançamento de Padre Antônio de Urucânia, a sua bênção (hoje na 4ª edição) em 87 cidades no Brasil, estados de Minas Gerais, Bahia, São Paulo, Goiás e no Distrito Federal, no período de 2005 e 2006.

A Igreja de então 
“Santa Catarina Laboubé”
Naquele mesmo ano no Brasil
As tuas bênçãos buscavam
“Tua bênção, Padre Antônio, cura-me a dor, 
“Não faço milagres, quem cura é Jesus, 
E a multidão ávida de tuas bênçãos
Assim ocorreu a Joaquina, de Carangola,
Também ao jovem músico do Rio de Janeiro,
“Viva Padre Antônio! Viva Nossa Senhora das Graças!”
Lá adiante um caminhão parava
Um grupo de rapazes 
“Por que não trouxeram o amigo?” - perguntaste.
Ainda assim, às vezes, acontecia
E em pouco, o que mal parecera
“Dêem água de fubá
Não amarrem ele mais não 
A noite descia e tu ias, no descanso,
Mas lá fora, em meio à noite,
E na varanda, horas depois, chegavas
E a multidão se agigantava
“Quero falar com o Sr. Pedrosa
Fato é que no outro dia
E como em tudo pensavas
Mais uma vez Urucânia viu, 
Porém ele não soube

Temos saudades de ti porque deixaste

Saudades temos de ti
“Santíssima Virgem, eu creio e confesso,
Temos saudades e louvamos a Deus por ti, Padre Antônio,
Mas especialmente louvamos a Deus por ti
E a Igreja de Mariana e a Igreja de Minas
Na capela do Santíssimo a Adoração,

E assim, hoje, quando vemos
De ti nos lembraremos sempre, Padre Antônio,
Sobre ti ainda nos lembraremos
É o amor à tua lembrança saudosa
Simples, sim, mas devotado a Nossa Senhora das Graças
E homem de fé inabalável foste, Padre Antônio,
Parte III
Passados, hoje, quarenta e um anos
Assim, ó Padre Antônio,
As constantes romarias, a cada novo ano, 
As lutas insanes, de cada dia,
Por isso te pedimos a intercessão
Os relatos de fé, aqui manifestados, Oh Padre Antônio,
As orações nossas, hoje, tantas, Oh Padre Antônio,

* Parte final do livro Padre Antônio de Urucânia, a sua bênção , de minha autoria, lançado em nov. 2004, em Urucânia – p. 191, a partir da 2ª edição. Escrevi esta “Ode a Padre Antônio Ribeiro Pinto” , no dia 24.10.2004, e no livro ela está às páginas 192 a 199. 





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