Tesouros da humanidade: razão e emoção



Recentemente li este livro e indico a todos aqueles que estão a caminho dos tesouros da humanidade: emoção e razão





Continuo a minha reflexão e busco outros artigos e encontro, Dalai Lama, o monge cientista, publicado pela revista GALILEU de abril de 2006. Não coloquei o texto na íntegra, mas vale a pena conferir. Boa leitura, depois você que teve a curiosidade de ler, diga se valeu a pena.

O monge cientista 

Edição 177 - Abr/06
Descrição: C:\Users\Ana Luiza\Desktop\Globo.com_files\dot.gif
Se não fosse um religioso, o 14º Dalai Lama poderia ter se tornado um pesquisador. Desde criança, o monge gostava de mirar as estrelas com seu telescópio. Sem estudo científico prévio, deduziu, ao observar as sombras na superfície da Lua, que o corpo celeste não emitia luminosidade, ao contrário do que ensinavam alguns textos budistas. Foi só o começo de sua relação com a ciência, que se consolidou em outubro de 1987. Nessa data, passou uma semana reunido com cinco cientistas ocidentais na Índia. A proximidade entre o budismo e as ciências cognitivas, pauta das discussões, deu origem ao Instituto Mind and Life (Mente e Vida), sediado nos EUA. A associação, dedicada a investigar a mente por meio das tradições científicas e budistas, promove encontros anuais entre o religioso e homens da ciência. 'Em vista de alguns elementos dos ensinamentos de Buda serem incompatíveis com nosso atual conhecimento do mundo, a validação final dependerá da autoridade do raciocínio e da lógica', declarou o Dalai Lama no primeiro encontro com pesquisadores. Afinal, o próprio Buda estimulava seus discípulos a testar suas afirmações. (...)


Na opinião do líder espiritual, aspectos da cosmologia budista devem ser abandonados por não coincidirem com descobertas científicas
Por que um líder espiritual, porém, estaria tão interessado em desvendar os mistérios da física, química, cosmologia e neurobiologia? Certa vez, o Dalai Lama disse ao psicólogo Daniel Goleman, autor de 'Inteligência Emocional', que o budismo e a ciência não são perspectivas conflitantes acerca do mundo, mas métodos diferentes de chegar ao mesmo objetivo: a busca pela verdade. Para ele, investigar a realidade é essencial ao budista, e a pesquisa científica pode expandir seus conhecimentos. Entretanto, o religioso explica que sua meta ao colaborar com pesquisas neurocientíficas - principalmente as que estudam a meditação - não é aprimorar o budismo, mas contribuir para o benefício da sociedade, pois ele acredita que, com a educação da mente, as pessoas podem lidar melhor com suas emoções destrutivas.

O Dalai Lama já declarou diversas vezes - e reafirma em seu novo livro - que, se a ciência provar que algum preceito budista é incoerente, ele deve ser alterado. Um exemplo disso é o 'sistema Abhidharma', uma das tradições da cosmologia no budismo. O Abhidharma descreve um planeta Terra chato, ao redor do qual corpos celestes como a Lua e o Sol revolvem. 'O budismo deveria abandonar muitos aspectos da cosmologia Abhidharma', escreve em 'The Universe in a Single Atom'. O mestre procura não apenas entender as descobertas científicas, mas também compará-las com as lições milenares do budismo. 'A descrição do comportamento de partículas subatômicas nos níveis mais diminutos possíveis traz o ensinamento de Buda sobre a natureza transitória de todas as coisas', relaciona.
Em outros aspectos, budismo e ciência divergem. O lama (mestre) conta que, certa vez, um neurocientista lhe disse que todos os estados mentais se originam de estados físicos, e nunca no caminho contrário. 'A visão de que todos os processos mentais são necessariamente físicos é uma suposição metafísica, não um fato científico. Sob o espírito da investigação científica, é fundamental que a questão continue aberta', registra na obra.
O Dalai Lama lembra que, de acordo com o paradigma corrente da ciência, o único conhecimento válido é aquele derivado de um
 método estritamente empírico, apoiado pela observação, inferência e verificação experimental.


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